‘1001 Albums You Must Hear Before You Die’ (1001 Discos Para Ouvir Antes de Morrer), é um livro de referência musical editado por Robert Dimery, co-fundador da Revista Rolling Stone e que escreve para a Time Out e Vogue. Originalmente publicado em 2005, o livro é constituído por uma lista de 1001 discos lançados entre 1955 e 2008, escolhidos por críticos, divididos por décadas e organizados em ordem cronológica. O livro foi revisto em 2007, 2008 e 2009, para incluir álbuns recentes. Todos são analisados conforme a importância na época, impacto sobre o público e vendagem. Os brasileiros indicados são analisados por Andrew Gilbert, especialista em música brasileira. Os 1001 discos não são unanimidade e o ‘porque’ de uns estarem no livro e outros não, são perguntas inevitáveis, há muita porcaria e muitos esquecidos.

*** Agradeço ao amigo Feijó pela dica e incentivo.

0033. stan getz and charlie byrd | jazz samba (1962)

jazz samba (1962)

‘Jazz Samba’ é, historicamente, o primeiro disco nos Estados Unidos a se dedicar exclusivamente a bossa nova. Quando Charlie Byrd voltou de uma viagem que fez pelo Brasil em 1961 ele já era um reconhecido guitarrista de jazz da cidade de Washington, com três discos gravados e já chamava a atenção da critica especializada pelo fato de introduzir técnicas de guitarra acústica ao jazz. De volta de sua viagem o que Charlie Byrd conheceu no Brasil chamaria mais ainda a atenção da crítica americana. Ao chegar aos EUA ligou para seu amigo saxofonista em New York, Stan Getz e anunciou que conheceu no Brasil um tipo de música mágica, cheia de sinuosidade, chamada Bossa Nova. E assim o jazz acariciou o samba e em 1962, Charlie Byrd e Stan Getz lançaram o disco ‘Samba Jazz’. Eles se juntaram a dois baixistas, Keter Betts e Gene Byrd irmão de Charlie Byrd, e dois bateristas, Buddy Deppenschmidt e Bill Reichenbach para a gravação na igreja ‘All Souls, Unitarian’ em Washington, DC. A participação é apenas de músicos americanos que aprenderem as músicas brasileiras através dos discos que Charlie Byrd trouxera. Das sete músicas gravadas apenas ‘Samba Dees Days’ é de autoria de Charlie Byrd, as restantes são de Antonio Carlos Jobim, Newton Mendonça, Ari Barroso, Baden Powell e Billy Blanco. O disco foi um sucesso e ganhou o Grammy de melhor disco de jazz de 1963 e Stan Getz ganhou o Grammy de melhor performance de jazz com a faixa ‘Desafinado’. ‘Jazz Samba’ abriu as portas dos Estados Unidos para a Bossa Nova e para vários músicos brasileiros. Mais tarde, Stan Getz e Charlie Byrd trabalharam diretamente com João Gilberto, Tom Jobim e Astrud Gilberto, e a música mais famosa foi ‘The Girl From Ipanema’, daquilo que se denominou pelos norte-americanos como samba jazz.


01. Desafinado (Antonio Carlos Jobim/Newton Mendonça)
02. Samba Dees Days (Charlie Byrd)
03. O Pato (João Gilberto)
04. Samba Triste (Baden Powell/Billy Blanco)
05. Samba de Uma Nota Só (Antonio Carlos Jobim)
06. É Luxo Só (Ari Barroso/Luiz Peixoto)
07. Baia (Ari Barroso)


download:
Jazz Samba (1962)


stan getz and charlie byrd - desafinado






Um comentário:

Rodrigo Nogueira disse...

Blog novo amiga? E nem fala nada?? Já estou seguindo!
Também utilizo esse livro como referência para vários de meus posts. Tenho escutado cada um deles no último ano e já me encontro finalizando o ano de 1978, como pode observar lá no blog.

Legal, agora tenho com quem opinar livremente sobre os discos.

bj.