‘1001 Albums You Must Hear Before You Die’ (1001 Discos Para Ouvir Antes de Morrer), é um livro de referência musical editado por Robert Dimery, co-fundador da Revista Rolling Stone e que escreve para a Time Out e Vogue. Originalmente publicado em 2005, o livro é constituído por uma lista de 1001 discos lançados entre 1955 e 2008, escolhidos por críticos, divididos por décadas e organizados em ordem cronológica. O livro foi revisto em 2007, 2008 e 2009, para incluir álbuns recentes. Todos são analisados conforme a importância na época, impacto sobre o público e vendagem. Os brasileiros indicados são analisados por Andrew Gilbert, especialista em música brasileira. Os 1001 discos não são unanimidade e o ‘porque’ de uns estarem no livro e outros não, são perguntas inevitáveis, há muita porcaria e muitos esquecidos.

*** Agradeço ao amigo Feijó pela dica e incentivo.

0012. miles davis | birth of the cool (1956)

birth of the cool (1956)

‘Birth of the Cool’ é um álbum que coleta 12 músicas gravadas pelo noneto de Miles Davis para a Capitol Records em 1949 e 1950. Apresentando instrumentação incomum e diversos músicos notáveis, a música deste álbum se destacou pela inovação dos arranjos fortemente influenciados pela música clássica, e marca o principal desenvolvimento no jazz bebop. Como o próprio título diz: “nascimento do cool jazz”, essas gravações são consideradas precursoras do cool jazz. Gil Evans contribuiu com alguns projetos para as sessões, atuando como um conselheiro para o grupo de músicos que se encontraram em seu pequeno apartamento em Nova York acima de uma lavanderia chinesa. Evans já tinha reputação no mundo do jazz por seus arranjos de melodias bebop e Miles Davis estava à procura de um pequeno e alternativo grupo de músicos do típico jazz contemporâneo. Inicialmente chamado como Miles Davis Band, o grupo era formado por Miles Davis (trompete), Mike Zwerin (trombone), Bill Barber (tuba), Junior Collins (trompa de pistão), Gerry Mulligan (saxofone barítono), Lee Konitz (saxofone alto), John Lewis (piano), Al McKibbon (baixo) e Max Roach (bateria). Dizzy Gillespie como vocalista, mas Kenny Hagood também cantou em algumas músicas. Raramente os arranjadores (Mulligan, Evans e Lewis) ganharam crédito por isso. O noneto não conseguiu ser um sucesso financeiramente e acabou se dispersando. Em 1949,Miles Davis teve um contrato com o selo Capitol para gravar 12 músicas em singles de 78rpm. Ele reformulou o noneto para gravar três sessões. Originalmente lançado como singles em 1953, oito das faixas foram compiladas em uma série de álbuns da Capitol intitulada “Classics in Jazz”, e em 1957 um LP chamado ‘Birth of the Cool' adicionou as outras três faixas restantes: “Move”, “Budo” e “Boplicity”. A faixa final, “Darn That Dream”, a única música com vocais por Hagood, foi incluída com outras onze no LP de 1971 e também nos seus posteriores lançamentos. A música de ‘Birth of the Cool’ foi original naquela época porque lançou-se em reação a proeminente forma do bebop para o jazz moderno. Mesmo que a mudança tenha sido exagerada, este disco, indubitavelmente, inspirou uma grande escola de músicos de jazz, particularmente na Califórnia, freqüentemente chamada de cool school.


01. Move
02. Jeru
03. Moon Dreams
04. Venus de Milo
05. Budo
06. Deception
07. Godchild
08. Boplicity
09. Rocker
10. Israel
11. Rouge
12. Darn That Dream


download:
Birth of the Cool (1956)


miles davis - venus de milo






Um comentário:

Rodrigo Nogueira disse...

Escreveu bastante sobre esse aqui hein amiga!
Miles é mestre! Esse disco é precurssor de muita coisa boa. A banda é fora de série! Disco obrigatório para todo o amante de jazz.