‘1001 Albums You Must Hear Before You Die’ (1001 Discos Para Ouvir Antes de Morrer), é um livro de referência musical editado por Robert Dimery, co-fundador da Revista Rolling Stone e que escreve para a Time Out e Vogue. Originalmente publicado em 2005, o livro é constituído por uma lista de 1001 discos lançados entre 1955 e 2008, escolhidos por críticos, divididos por décadas e organizados em ordem cronológica. O livro foi revisto em 2007, 2008 e 2009, para incluir álbuns recentes. Todos são analisados conforme a importância na época, impacto sobre o público e vendagem. Os brasileiros indicados são analisados por Andrew Gilbert, especialista em música brasileira. Os 1001 discos não são unanimidade e o ‘porque’ de uns estarem no livro e outros não, são perguntas inevitáveis, há muita porcaria e muitos esquecidos.

*** Agradeço ao amigo Feijó pela dica e incentivo.

0010. thelonious monk | brilliant corners (1957)

brilliant corners (1957)

‘Brilliant Corners’ é um álbum de jazz de Thelonious Monk lançado em 1957. Este foi seu terceiro trabalho pela Riverside e o primeiro, por este selo, a ter suas próprias músicas. É considerado a obra-prima de Monk, um dos mais importantes álbums do jazz e peça fundamental para o surgimento do jazz moderno. A primeira música do disco “Brilliant Corners” é considerada uma das mais difíceis composições do jazz de todos os tempos. Depois da desafiante primeira música, Monk dirige o grupo para uma longa jam de improvisação, relaxamento e groove: "Ba-lue Bolivar Ba-lues-are". A balada "Pannonica", dedicada à chamada ‘Baronesa do Bebop’, Nica Koenigswarter, membro da tradicional família Rotschild, amiga e patrocinadora de Monk, Charlie Parker e diversos outros músicos do jazz. Nela Monk toca celesta, um instrumento musical, concretamente, um idiofone de percussão, com um teclado, com lâminas de metal, habitualmente aço, percutidas por martelos, à semelhança do piano, suspensas sobre um corpo de madeira que faz ressonância, e com pedais para prolongar ou atenuar o som. A celesta soa uma oitava acima do que esta escrito. Costruída em 1886 pelo francês Auguste Mustel, a celesta fez a sua estréia no mundo musical com o ballet ‘O Quebra-Nozes’, de 1892, composto por Pyotr Ilyich Tchaikovsky. A quarta música "I Surrender, Dear" é um standard, sendo a canção mais convencional do álbum. E, para o final, outra versão, mas para uma música do próprio Monk: "Bemsha Swing", que lembra Dizzy Gillespie e as big bands, em parte pelo uso de tímpanos. O álbum como um todo é considerado um grande clássico do jazz com vários standards. Se antes Monk era rejeitado por fazer um jazz ‘difícil’, Monk conseguiu com este trabalho sucesso de público e crítica além de fama e uma sonoridade própria que se transformou em sua assinatura. Em 2003, este álbum foi escolhido pela Biblioteca do Congresso para fazer parte do ‘National Recording Registry’. Em função de sua importância histórica, o álbum faz parte do Grammy Hall of Fame desde 1999.


01. Brilliant Corners
02. Ba-lue Bolivar Ba-lues-are
03. Pannonica
04. I Surrender, Dear
05. Bemsha Swing


download:
Brilliant Corners (1957)


thelonious monk - ba-lue bolivar ba-lues-are






2 comentários:

Rodrigo Nogueira disse...

Exótico, criativo, inovador, genial!

paulo borba disse...

Procurando Otis Redding, descobri este Blog GENIAL. Obrigado, afinal era tudo que estava precisando!